Uma noite memorável e com as nuances e contornos dramáticos, adjetivos que valorizam sempre uma conquista de título, quando duas equipes busca a cada segundo e lutam pela tão sonhada medalha de outro e ataca de campeão.
A noite desta sexta-feira na Arena Condá em Chapeco e no independência em Belo Horizonte, foi um mixto de perde e ganha, euforia e tristeza.
A Chape precisa vencer e fazer a diferença de um gol para ficar com o título, caso o América não marcasse. E logo aos 4min Anselmo Ramon se encarregou de cumprir a missão. O Título do Brasileirão Série B ficaria em Santa Catarina, mas poucos minutos depois o América também fez o primeiro gol, título trocava de mão e agora era dos mineiros.
Ainda na primeira etapa o América amplia o marcador e dificulta ainda mais a missão da Chape. O placar do primeiro tempo não se altera.
Na volta para a etapa complementar, Umberto Louzer mantem o mesmo time e o Confiança melhora no jogo, pressiona o Verdão e chega ao gol de empate.
A essa altura o desfio que já era difícil, triplicou. Mas o técnico Umberto, predestinado a conquistas e com lugar reservado no coração dos chapecoense tinha a receita no banco de reservas.
Promove a entrada de Foguinho no lugar de Aylon, o jogo segue sem muitas chances para os catarinenses e a busca pelo gol, deixa a equipe vulnerável e o Confiança explora os contra ataques, quando aparece e brilha a estrela de João Ricardo com boas defesas.
Mas Umberto sabe que a base da Chape que deu tantas alegrias na competição, na partida que vale a taça irá corresponder. A hora de vir para o jogo Bruno Silva e Roberto, nas vagas de Anderson Leite e Alan Rushel. A essa altura o time tem outro sistema, jogadores são outros, mas o placar ainda permanece o mesmo.
Mas a Chape é mais que 11, todos num só objetivo, algo dizia que a Taça deveria ficar no Oeste de Santa Catarina. E dessa vez era a última oportunidade para Umberto tentar algo diferente, o tempo já esta adiantado e os mineiros já ensaiavam a comemoração do tricampeonato.
O time agora fica com apenas um zagueiro e povoa o meio campo, e reforça as jogadas pelas extrema, saem Felipe Santana e Mike para as entradas de Alan Santos e Perotti.
Em pouco tempo, em um cruzamento milimetricamente de Anselmo Ramon, o oportunismo de Perotti para fazer o segundo gol da Chape.
A essa altura ainda precisava de mais dois triunfos para garantir o título, mas o Avaí reage em Minas Gerais e desconta com Getúlio. Houve euforia na Arena Condá. Fim do primeiro tempo e o árbitro gaúcho Anderson Daronco sinaliza mais 6 minutos de acréscimo, agora esse é o tempo que separa da glória ou das lamentações.
O jogo em Minas Gerais termina, todas as atenções é para Chape e Confiança na Arena Condá, em jogada de profundida e habilidade individual, Bruno Silva dribla e entra na área, mais um drible e é parado pelo zagueiro, pênalti.
Na cobrança Anselmo Ramon, com frieza e esbanjando habilidade faz o segundo gol dele no jogo e o terceiro da Chape, dando números finais a partida e a conquista do primeiro título nacional para a Associação Chapecoense de futebol.
Foto: Márcio Cunha | Chapecoense
